quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Este ano “queria” paz no meu coração


Penso que todos os brasileiros se sentem como eu, ou quase todos. Verdadeiramente eu queria muita paz, não só este ano, mas todos os anos da minha vida, assim como os meus irmãos brasileiros. Ocorre que a paz não é uma dádiva divina, é construída com uma dose muito elevada de paciência associada ao mesmo teor de tolerância. Ora, paciência podemos ter com os nossos irmãos, com os nossos vizinhos, com os nossos colegas de trabalho, com os transeuntes, com as pessoas com as quais dividimos espaço na rua, nos ônibus, nos trens urbanos e nos metrôs. Podemos ser pacientes e tolerantes em quaisquer situações, exceto quando se trata de questões ligadas à politica, e não é politica simplesmente por ser a politica, mas por se tratar da administração da coisa pública.
O Brasil assumiu a posição de 6ª maior economia do mundo, virou modelo mundial de combate à AIDS, virou modelo mundial de combate à pobreza, mas não consegue combater a corrupção, essa “praga” que enriquece políticos banqueiros e empresários e que fomenta a negligencia contra o sistema de saúde jogando pacientes em macas nos corredores de hospitais e ainda nos obriga a assistir, pela televisão, a morte agonizante de pessoas pobres e humildes, sem assistência médica. As mesmas pessoas que os políticos anunciam que saíram da pobreza e as que ascenderam à classe Média. São estas pessoas, que por não poderem pagar um singelo plano de saúde, sofrem até à morte, enquanto esperam por uma vaga em um hospital público porque o dinheiro foi desviado para cofres particulares.
Alimenta o superego que enaltece o discurso sobre a Educação. Fala-se da importância dela para a construção e desenvolvimento de uma sociedade justa e igualitária; gasta-se muito dinheiro com a propaganda da merenda escolar, mas não se faz o repasse dos recursos para a aquisição dos produtos necessários para oferece-la aos alunos; gasta-se muito dinheiro com a propaganda do transporte escolar, mas não se fez o repasse dos recursos para pagamento do aluguel dos carros e barcos contratados para tal, obrigando as escolas a reduzir horário de aulas por falta de merenda; a interromper o processo por falta de alunos porque os transportadores não conseguem mais comprar combustível face à falta de pagamento.
Exacerba-se o desejo do lucro sem limite e se mete a mão nos recursos dos programas de atendimento direto ao cidadão, jogando ao relento famílias inteiras sem moradia, sem alimento e sem esperança que se alimentam apenas dos discursos demagogos em períodos eleitorais.
Escolas podres caindo aos pedaços, hospitais miseráveis e barracos são os espaços que sobram para o povo que constrói o “gigante Brasil” que surgiu como colônia e hoje desponta como potencia econômica mundial. Como pode, a nossa “Pátria amada, tão idolatrada”, privilegiar os “barões da corrupção” e jogar na miséria seus filhos “amados” trabalhadores que construíram o grande “Projeto Brasil” e hoje habitam os bolsões de miséria que rodeiam os corredores do poder?
Diante desta situação não posso ter paz no meu coração. Primeiro, porque não suporto ver as pessoas sofrerem tanta carência provocada pela má aplicação ou desvio dos recursos públicos e ainda receber em minha casa cartas de pseudos defensores dos direitos dos menos favorecidos pedindo ajuda para socorrê-los, como se eu ainda não estivesse fazendo a minha parte ao pagar os impostos que me são cobrados com tanta ferocidade, cujo objetivo é exatamente prestar esses serviços. Segundo, porque eu não consigo olhar com paciência e tolerância para o cenário de corrupção que se nos apresenta. Ora, se um politico é flagrado em atos de corrupção, todo o escalão do alto comando político sai em defesa dele. Isto me leva a pensar que é realmente difícil um cidadão comum “olhar para o Brasil” e ter paz no seu coração.
Claro que políticos, grandes empresários, banqueiros, operadores do direito e todos aqueles que se alimentam daquilo que aflora da relação corrupto-corruptor discordará de tudo o que está escrito aqui, mas não é meu interesse contar com a concordância deles.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Não é mas Natal


Este ano, juntamente com minha família, resolvi passar o Natal diferente. Na noite do dia 24 fomos à Igreja, participamos da Missa e voltamos para casa. Esperamos a meia noite, comemos a ceia, conversamos um pouco e fomos dormir. No dia 25 acordamos cedo, fomos à Igreja, participamos da Missa, voltamos para casa e ficamos assistindo TV, navegando na Internet, lendo, preparando a refeição e esperando a hora do almoço. Depois do almoço deitamos e dormimos, pouco porque logo recebemos algumas visitas, em seguida a Lourdinha saiu para fazer uma visita e eu retornei à rotina da manhã. Foi um pouco difícil porque a reclusão voluntaria objetivava uma reflexão sobre o significado do Natal, mas pipocava festa para todos os lados e musicas de todos os ritmos exaltavam todos os ídolos terrenos enquanto tentávamos uma conexão espiritual, vez enquanto a gente desconcentrava, mas conseguíamos voltar ao estado desejado porque não queríamos desviar do nosso objetivo. Logo a noite chegou. Jantamos, conversamos um pouco e fomos dormir, quando acordamos segunda feira..... não era mas Natal.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

O erro e o medo de errar


O erro é algo que vem de longe, nos acompanha desde tempos remotos e está diretamente associado ao ato de não fazer a coisa certa, porém ele tem um significado muito mais profundo em nossa vida. Neste artigo pretendo fazer uma análise do conceito da forma como as pessoas, principalmente os adolescentes estudantes do Ensino Médio o encaram e o transformam num fator complicador do processo de construção do conhecimento.
O erro é um substantivo que se origina no verbo errar, do latim errare, que significa “vagar sem destino”; “desviar-se do caminho”, em português significa “deixar de fazer certo”, isso pode ocorrer voluntária ou involuntariamente. São várias as formas de interpretação desse conceito que se apresenta como o descumprimento de normas regimentais; desrespeito a um diploma legal, violação dos direitos de outrem, emissão de juízo de valor que não corresponde à verdade, etc., mas o que mais preocupa os adolescentes é uma combinação do erro com o medo de errar que inibe a tentativa e impossibilita a construção de uma prática que leve à construção do que se deseja.
O adolescente desenvolve comportamentos que variam em grau e complexidade dentro das relações dos grupos que participam. Na sala de aula eles se relacionam de maneira que, a brincadeira, a desorganização, mesmo que involuntários sejam um fator de fixação da personalidade e do respeito dos outros elementos do grupo, e isso faz com que eles não tenham medo de falar, gritar, dar gargalhadas dentro da sala de aula porque todos os colegas o elogiarão por isso, mas desenvolvem um medo muito grande de uma vaia diante de uma tentativa que resulte num erro. A vaia é uma regra do grupo criada por eles como elemento de fixação de liderança, é muito difícil o professor mudar.
Por isso, as aulas são quase sempre monólogos, os alunos não participam por “medo” do “erro”.
Em educação diz-se que o estímulo provoca a motivação, e esta, a tentativa da qual só poderá vir uma resposta: o erro. Sim porque se você acertar na primeira tentativa, você não aprendeu, só repetiu o que já sabia, mas quando você tenta e erra depois busca novas informações, reformula as bases de interpretação das premissas, reorganiza as idéias, rearticula todos os elementos necessários à reconstrução do juízo de valor e tenta novamente, acertando, aí você aprendeu. Isso eleva o erro ao status de primeiro estágio da aprendizagem e nos dar segurança em afirmar: “quem não erra, não aprende”.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Os 5% que fazem a diferença

Assessoria de Imprensa do TJ/AC
31/05/2005 
(Autor desconhecido)

Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.
Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu? Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei.
Veja o que ele disse:
Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez: disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou.
Desde que comecei a lecionar, isso já faz muitos anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dos alunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Os outros 95% servem apenas para fazer volume, são medíocres e passam pela vida sem deixar algo de útil. O interessante é que esta percentagem vale para todo mundo. Se vocês prestarem atenção, notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais. É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranqüilo sabendo ter investido nos melhores. Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma boa aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto. Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de...
Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto?
Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci. Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não tem como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos. Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo o que fazemos se não tentarmos fazer em tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto.

Colaboração da juíza Maria Penha Souza Nascimento, juíza titular da 1ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Rio Branco 

domingo, 11 de setembro de 2011

A CPMF voltará como CSS

A Contribuição Provisória sobre Movimentação ou Transmissão de Valores e de Créditos e Direitos de Natureza Financeira (CPMF) substituiu o Imposto Provisório sobre Movimentação Financeira (IPMF), criado em  13 de julho de 1993 cujo objetivo específico era custear a Saúde Pública, durante toda a sua tragetória sofreu várias alterações, na alíquota e na nomenclatura, foi extinta em 13 de dezembro de 2007, em 28 de maio de 2008 o Governo tentou recriá-la com o nome de Contribuição Social da Saúde (CSS), não vingou.
A Câmara dos Deputados deverá votar no próximo dia 28 um projeto de lei que regulamenta a Emenda Cnstitucional 29, que foi aprovada em 2000 e define os porcentuais mínimos que União, Estados e municípios devem aplicar em saúde. A Câmara dos Deputados, representantes do povo, deverá barrar a cobrança do novo imposto, mas o Governo articula no Senado, representante dos Estados, a criação da CSS.
Há no Congresso propostas de cobrança desse imposto sobre grandes fortunas e remessa de lucro para o exterior, mas o Governo - pai dos pobres e mãe dos ricos - considera que isso sobrecarregará as grandes fortunas, que estão nas mãos dos que não trabalham e, os especuladores internacionais, que sobrevivem do sacrifício do povo brasileiro. Então, creio que você é capaz de imaginar o que vai acontecer.

sábado, 10 de setembro de 2011

Os dois lados da "cara de pau"

Quinta feira, dia 08 de setembro de 2011, fui à agência da Caixa Econômica Federal em Santana-AP e fiquei imprecionado com a "cara de pau" das pessoas que ali trabalham. Há, em uma coluna amplamente visivel a todos os que ali entrarem, uma placa explicitando o seguinte: "Esta agência cumpre legislação do Ministério Público do Trabalho sobre a pausa de 10 minutos a cada 50 minutos trabalhados." O interessante é que eu passei de 11h15m até 12h50m e observei que realmente, a cada 50 minutos um servidor do caixa se levantava e ia lá para dentro e demorava cerca de 10 minutos cumprindo realmente o que determina a legislação, segundo a placa. Há porém, que se reclamar o porque de não se cumprir o outro lado da legislação que assegura ao cliente o direito de não ultrapassar o limite de 30 minutos na fila. É por isso que eu questiono a tal democracia, ela só serve quando é para garantir os "meus direitos" quando é para garantir o direito dos outros............. "Vaitelascar ...... democracia"

domingo, 3 de julho de 2011

Jô Soares sobre o Professor

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!
Se é jovem, não tem experiência. Se é velho, está superado. Se Não tem automóvel, é um pobre coitado. Se tem automóvel, chora de "barriga cheia”. Se fala em voz alta, vive gritando. Se fala em tom normal, ninguém escuta. Se não falta ao colégio, é um “caxias”. Se precisa faltar, é um 'turista'. Se conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos. Se não conversa, é um desligado. Se dá muita matéria, não tem dó do aluno. Se dá pouca matéria, não prepara os alunos. Se brinca com a turma, é metido a engraçado. Se não brinca com a turma, é um chato. Se Chama a atenção, é um grosso. Se não chama a atenção, não sabe se impor. Se a prova é longa, não dá tempo. Se a prova é curta, tira as chances do aluno. Se escreve muito, não explica. Se explica muito, o caderno não tem nada. Se fala corretamente, ninguém entende. Se fala a “língua” do aluno, não tem vocabulário. Se exige, é rude. Se elogia, é debochado. Se o aluno é reprovado, é perseguição. Se o aluno é aprovado, deu 'mole'. 

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!


ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !! Esta é para ser repassada mesmo.